Os casos conhecidos de Covid registrados no Brasil desde o início da pandemia já ultrapassam a casa de 34.000.000 de infectados e mais de 688.000 mortes resultantes das cíclicas ondas de infecção causadas pelo surgimento de diferentes cepas e suas subvariantes.
Esse, um cenário que tem impactado severamente o sistema público de saúde.
Como também, o mercado de planos de saúde que atende cerca de 25% da população, algo em torno de 47 milhões de pessoas, sendo que desse total 68% são beneficiários de planos de saúde empresarial.
Os impactos e reflexos causados pela pandemia
São milhões de infectados e de mortos pela rápida e constante disseminação por todo o planeta do coronavírus, um vírus letal que gerou e continua gerando uma crise inimaginável com gravíssimos reflexos sociais e econômicos em todo o planeta:
- Isolamento social de populações inteiras;
- Declínio da economia mundial,
- Demissões em massa pelo fechamento de empresas e negócios;
- Queda generalizada de renda e poder de compra;
- Interrupção das atividades de instituições de ensino;
- Fechamento total e/ou parcial de fronteiras;
- Superlotação de leitos hospitalares;
- Altos índices de infecções e mortes de profissionais da saúde…
O primeiro impacto e reflexo da pandemia nos reajustes dos planos de saúde empresarial
No ano de 2020 foi identificada uma queda de 17% no total de procedimentos médicos realizados pelos planos de saúde em 2020 em relação a 2019.
Isto, pela grande redução de atendimentos causada pela superlotação dos leitos hospitalares, como também pela baixa procura dos usuários por consultas e exames gerada pelas medidas de isolamento.
Como reflexo, a Agência Nacional de Saúde Complementar aprovou apenas reajustes máximos de 10,37% para planos coletivos de empresas com até 29 vidas para o período de 2021 a 2022.
O segundo impacto e reflexos da pandemia nos reajustes dos planos de saúde empresarial
Porém, os custos voltaram crescer consideravelmente em 2021 pela explosão da procura por consultas, exames e cirurgias eletivas que haviam sido adiadas no auge da pandemia.
Esta, uma demanda reprimida que provocou um aumento considerável de 24% das despesas assistenciais das operadoras de planos de saúde que pulou de R$ 165,8 bilhões, em 2020, para R$ 206,1 bilhões em 2021.
Com isso, para suprir o aumento dos custos das operadoras a ANS aprovou um reajuste máximo de 19% com validade pelo período de maio de 2022 a abril de 2023 para esses planos de saúde empresariais.
Como é calculado o reajuste dos planos de saúde empresarial?
O reajuste dos valores dos planos de saúde empresarial é calculado pela variação dos custos dos procedimentos médico-hospitalares das operadoras do sistema segundo a quantidade de vidas asseguradas de cada contrato.
Diferentemente, dos planos individuais em que os índices máximos de reajustes são determinados pela a ANS – Agência Nacional de Saúde Suplementar.
Sendo, diferentes formatos de reajustes anuais para planos com cobertura contratual para menos de 30 vidas e 30 vidas ou mais.
O Reajuste dos planos empresarial com menos de 30 vidas
Dessa forma, o reajuste dos planos com menos de 30 vidas é resultante da divisão dos valores percebidos pelas operadoras pela soma dos custos de atendimentos gerados no ano anterior por todos os contratos equivalentes da mesma operadora.
E, após análise e aprovação da ANS, o percentual é aplicado a todo o grupo.
O Reajuste dos planos empresarial com menos de 30 vidas
Já, as Empresas com 30 vidas ou mais os valores de reajustes são de acordo com as normas definidas em contrato que na maioria dos casos é calculado pela variação dos custos médicos com a sinistralidade.
Considerações finais
De acordo com a Abramge – Associação Brasileira de Planos de Saúde, esse reajuste atende a variação média das despesas assistenciais dos planos de saúde empresarial de cobertura médico-hospitalar de 2021 que ficou em 20,35%.
Este, o maior índice de reajuste desde a criação da Agência em 2000. Um aumento significativo dos valores de venda e das mensalidades dos planos de saúde empresarial dos contratos em vigência.
O reflexo negativo do impacto causado pela Covid 19 para o bolso dos consumidores!